segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O vírus na indústria gráfica

Um vírus invisível e infalível está alojado em nossas empresas gráficas. Ele aguarda por uma oportunidade para atacar dependendo da ação (ou falta de) do gestor da gráfica. Dentro da empresa se incubam abusos que demonstram sintomaticamente o efeito deste vírus, através da ação dos funcionários da empresa. Poucos dirigentes de gráficas encaram decididamente o problema, pois tem grande esperança de que as coisas melhorem. O fato de comparecer ao trabalho, sentar-se à frente do computador, ou mesmo operar uma impressora ou máquina de acabamento, atender ligações, fazer pré-cálculos como um robô que simplesmente digita um programa, sem pensar o que está fazendo, é bastante comum em nossas gráficas. Acontece que, ao final do turno de trabalho, chegamos à conclusão de que pouco foi produzido ou, se tivemos produção, ela insere um sem número de erros, desperdício e horas praticamente improdutivas. Este fenômeno denominado de presenteísmo é o contrário do absenteísmo (a falta do funcionário). Os resultados são praticamente iguais, com a diferença de que o presenteísmo causa mais prejuízo do que se falta uma pessoa. A pessoa que faltou, pelo menos não erra nem estraga material. Temos alertado por longo tempo de que está na hora do empresário gráfico acordar para o que acontece dentro de sua empresa. Ficar esperando as coisas acontecerem leva lentamente, e com absoluta certeza, a gráfica à insolvência. Estamos falando de gestão há muitos anos, seja através da adoção de sistemas de gestão, como os excelentes sistemas da Calcgraf, E-Calc, Metrics, Zênite, Bremen e muitos outros, que, no entanto, são considerados “caros” pelos amigos gráficos. Perder um serviço, errar no pré-cálculo, deixar de cobrar pequenos e grandes “extras” por esquecimento nos cálculos ou por falta de Normas e Procedimentos, sai bem mais caro para o dono da gráfica. Utilizar um dos Sistemas de Gestão acima, não podemos chamar de Despesa. Temos que chamar isso de Investimento. Colocar um sistema, sem treinar o operador na área do sistema e na área da produção, é o mesmo que colocar a moça do cafezinho para teclar no sistema o que mandam fazer. Necessitamos sim de profissionais com habilidade. E temos estes profissionais no mercado. Podemos inclusive fazer uma série de operações automatizadas, utilizando o “Excel” que já vem no programa Office do seu computador. Porém não só a implantação de Boas Práticas de Fabricação & Gestão, introdução de sistemas de qualidade, como o “Total Quality Management”, ou o CRM (Programas de Gestão de Clientes), são suficientes hoje em dia. A competitividade tecnológica é muito forte e dificilmente poderemos concorrer com nossas máquinas “velhas” (mesmo que já totalmente depreciadas), com baixíssima produtividade, com gráficas que se atualizam tecnologicamente, sempre dentro de perfeitos cálculos de retorno de investimento, pois existem muitas máquinas extremamente sofisticadas, que para o mercado brasileiro
Thomaz Caspary
Site Professional Publish

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