quinta-feira, 29 de maio de 2008
Campanha contra o Gerúndio
Como em muitas coisas na vida, não poderia ser diferente, na língua portuguesa também existe o modismo. Depois de algum tempo vira uma coisa cafona. Então, como tudo que é cafona, sai de moda, vamos fazer com que o nosso vocabulário fique na moda novamente.
O campeão!
Por favor, políticos, grandes empresários, pessoas inteligentes, não usem mais isso!!! É cafona demais!!!
“A situação do engenheiro já está resolvida a nível de empresa.”
Sejamos sinceros... “a nível de” está morto e enterrado. Infelizmente estamos enganados. À vezes, ele reaparece, principalmente entre executivos que o utilizam com pose e ar de superioridade, como se estivessem usando alguma expressão que comprovaria o quanto estão atualizados e a sua enorme capacidade intelectual. É uma confonisse!!!
“Vamos estar resolvendo seu problema hoje à tarde”.
Nós sabemos que brasileiro adoram o gerúndio, mas não vamos exagerar! Esse “gerundismo futuro”, provavelmente de influência inglesa (que por sinal eles usam muito!), outra cafonisse! “Vamos estar retornando”, “vamos estar enviando”, “vamos estar depositando”… Simplificando: “retornaremos ou vamos retornar”, “enviaremos”, “depositaremos” e, graças a Deus, “resolveremos seu problema hoje à tarde”.
Vamos EVITAR o gerúndio para indicar ações futuras:
“Vou estar depositando o seu salário hoje à tarde”;
“O Instituto vai estar realizando um seminário sobre Gestão pela Qualidade no próximo mês”;
“Na próxima quarta-feira, ele vai estar fazendo três anos de empresa”.
São frases mal feitas. Não precisa ser usado o gerúndio (depositando, realizando, fazendo). A ação está no futuro. Vamos dizer: “Vou depositar (ou depositarei)…”; “O Instituto vai realizar (ou realizará)…”; “…ele vai fazer (ou fará)…”
Alguns empregos do gerúndio devem ser evitados:
1) Quando as ações expressas pelos dois verbos - gerúndio e verbo principal - não puderem ser simultâneas:
Chegou sentando-se. Ou Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro, estudando com um amigo padre na infância.
2) Quando o gerúndio expressa qualidades e não comporta a idéia decontemporaneidade:
Vi um jardim florescendo.
3) Quando a ação expressa pelo gerúndio é posterior à do verbo principal:
O assaltante fugiu, sendo detido duas horas depois.
Seria melhor dizer: O assaltante fugiu e foi detido duas horas depois.
4) Quando o gerúndio, copiando construção francesa (galicismo), passa a ter valor puramente adjetivo:
Viu uma caixa contendo…
A construção mais adequada seria: Viu uma caixa que continha…”
É interessante lembrar que o pior gerúndio é aquele que gera ambigüidade, ou seja, pode causar várias interpretações:
1. “A mãe encontrou o filho chorando.”
(Quem estava chorando? A mãe ou o filho?)
2. “Ônibus atropela criança subindo a calçada.”
(O ônibus subiu a calçada e atropelou a criança ou o ônibus atropelou a criança no momento em que ela subia a calçada?)
Bom, já que somos pessoas inteligentes e atualizadas, vamos tirar essa coisa démodé (no português demodê) do nosso dia-a-dia.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
O que é desenvolvimento sustentável?
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Curso: Oficinas práticas no Senai-RJ
Para quem estiver interessado em conhecer e desenvolver técnicas em Stencil, Caligrafia, Storyboard e Design de jogos para celular, o Senai-RJ realiza diversas oficinas durante os sábados do mês de junho, dentro do Projeto Artes e Design 2008.O público-alvo são agências de publicidade, escritórios de design, área de pré-impressão de empresas gráficas, profissionais autônomos e estudantes de comunicação e de design.Confira quando acontecem as oficinas práticas:
Stencil: 7, 14, 21 e 28 de junho - das 9 às 13h
Caligrafia: 7 e 14 de junho - das 9 às 14h30
Storyboard: 7, 14, 21 e 28 de junho - das 9 às 13h
Design de jogos para celular: 7, 14, 21 e 28 de junho - das 9 às 13h
Senai-RJ: www.firjan.org.br
Tel.: 0800 023-1231
Esdi abre portas para estudantes de ensino médio
Na época de decidir a profissão, alunos poderão conhecer mais sobre a profissão de design
A Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi) realizará, nos dias 11 e 12 de junho, o programa "Esdi: Janelas Abertas", que inclui palestras e visita às instalações da escola.O objetivo apresentar aos estudantes de ensino médio do Rio de Janeiro e região metropolitana uma perspectiva sobre a profissão de design e o ensino na instituição.Os diretores e coordenadores de colégios que desejarem levar seus alunos deverão entrar em contato através do e-mail: janelasabertas@esdi.uerj.br.
A Esdi fica na Rua Evaristo da Veiga, 95, Lapa, Rio de Janeiro.
Esdi: www.esdi.uerj.br
Tel.: (21) 2240-1890
terça-feira, 13 de maio de 2008
Os filhos de "papais"...
sábado, 10 de maio de 2008
Depende de como se vê as coisas...
O objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, o status, o prestígio social; queria desde cedo passar esses valores para o herdeiro.
Ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo...
Quando retornavam, o pai perguntou ao filho:
- E aí, filhão, como foi a viagem para você?
- Muito boa, papai, respondeu o pequeno.
- Você viu a diferença entre viver com riqueza e viver na pobreza?
- Sim pai! Retrucou o filho, pensativamente.
- E o que você aprendeu, com tudo o que viu nesses dias, naquele lugar tão paupérrimo?
- É pai! Eu vi que nós temos só um cachorro em casa, eles têm quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu. Nosso quintal vai até o portão e eles têm uma floresta inteirinha. Nós temos alguns canários na gaiola, eles têm todas as aves que a natureza lhes oferece, soltas!
O filho suspirou e continuou:
- Além do mais, papai, observei que eles rezam antes de qualquer refeição, enquanto nós sentamos à mesa falando de negócios, dólares, eventos sociais, comemos, empurramos o prato e pronto!
No quarto onde fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive pela nossa visita. Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos televisão e dormimos.
Outra coisa, papai, dormi na rede do Tonho, e ele dormiu no chão, pois não havia duas redes. Na nossa casa colocamos a empregada para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.
Conforme o pequeno garoto falava, seu pai ficava estupefato, sem graça e envergonhado.
O filho, na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se, abraçou o pai e ainda acrescentou:
- Obrigado, papai, por me mostrar o quanto nós somos pobres!
Não é o status social que irá determinar a nossa felicidade, mas o modo como valorizamos o que somos e o que possuímos. Se temos amor e vivemos com dignidade, cultivamos atitudes positivas e partilhamos com benevolência nossas coisas, então temos tudo!
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Liberdade de escolha...
Como o homem pode ser livre, ter sua liberdade de escolha?
"Liberdade, essa palavra.
Que o sonho humano alimenta
Que não há ninguém que explique
E ninguém que não entenda"
Cecília Meireles
Liberdade não implica em falta de educação, ninguém precisa ser inconveniente ao meio para conseguir ser livre, mas deve impedir que o meio seja inconveniente a si para roubar-lhe a liberdade.
O homem sempre se fez prisioneiro de angústias, medos, culpas, solidão, impossibilidade de agir, padrões pré determinados, doutrinas, normas, dogmas etc. Pode então libertar-se buscando o autoconhecimento e realizando-se. Tornando-se responsável por suas escolhas.
Para Sartre o homem é a sua liberdade e está condenado a ser livre. Condenado porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto é livre, uma vez que foi lançado no mundo é responsável por tudo que faz.
Segundo Jaspers, só nos momentos em que exerço minha liberdade é que sou plenamente eu mesmo. Assim será o indivíduo autêntico, autônomo, autodeterminado.
Ser e fazer implicam em liberdade. A condição primordial da ação é a liberdade. Liberdade é essencialmente capacidade de escolha. Onde não existe escolha, não há liberdade. O homem faz escolhas da manhã à noite e se responsabiliza por elas assumindo seus riscos (vitórias ou derrotas). Escolhe roupas, amigos, amores, filmes, músicas, times, profissões... A escolha sempre supõe duas ou mais alternativas; com uma só opção não existe escolha nem liberdade.
As escolhas nem sempre são fáceis e simples. Escolher é optar por uma alternativa e renunciar à outra ou às outras. Não existe liberdade zero ou nula. Por mais escravizada que se ache uma pessoa, sempre lhe sobra algum poder de escolha. Também não há liberdade infinita, ninguém pode escolher tudo. Na facticidade somos limitados, determinados. Um ótimo exemplo nos é dado por Luís Fernando Veríssimo quando descreve:
é quem decide de uma hora para outra que naquela noite quer jantar em Paris e pega um avião. Mas, mesmo este depende de estar com o passaporte em dia e encontrar lugar no avião.
E nunca escapará da dura realidade de que só chegará em Paris para o almoço do dia seguinte.
O planeta tem seus protocolos".
Contra o senso comum "ser-livre" não significa "obter o que se quis", mas sim "determinar-se por si mesmo a querer" (no sentido de escolher). O êxito não importa em absoluto à liberdade. O conceito técnico e filosófico de liberdade significa: autonomia de escolha, não fazendo distinção entre intenção e ato.
A liberdade não é alguma coisa que é dada, mas resulta de um projeto de ação. É uma árdua tarefa cujos desafios nem sempre são suportados pelo homem, daí resultando os riscos de perda de liberdade pelo homem que se acomoda não lutando para obtê-la.
Dora Lucia Alcantara
SONETOS SOBRE FUTEBOL
EU JÁ SABIA... AGORA SÓ EM 2009... TÓQUIO?!?! SÓ PARA QUEM TEM OUTROS OLHARES!!!!
Derrota para América do México entra para lista
de vexames do Rubro-Negro
A derrota para o América do México por 3 a 0, nesta quarta-feira, em um Maracanã com 50 mil rubro-negros, e a conseqüente eliminação da equipe da Taça Libertadores, entra para a lista dos maiores vexames da centenária história do Clube de Regatas do Flamengo. A tragédia ocorreu em um dia que prometia ser de festa, três dias depois da conquista do 30º título carioca e com homenagens ao treinador Joel Santana, que se despedia (voluntariamente) do clube.
Um outro vexame do clube também ocorreu em um dia que seria de comemoração: a derrota por 6 a 0 para o Botafogo em 15 de novembro de 1972, pelo Campeonato Brasileiro, dia do aniversário do clube. Com três gols de Jairzinho. Um de letra. Uma derrota que foi lembrada pelos alvinegros nos clássicos contra os rubro-negros durante 19 anos, quando o time comandado por Zico devolveu o placar no Campeonato Carioca de 1981.
Outro vexame histórico do Flamengo não ocorreu diretamente contra o Botafogo, mas teve o Alvinegro como 'coadjuvante'. Na penúltima rodada da Taça Guanabara de 1968, o Flamengo empatou sem gols com o forte time do Botafogo (Gérson, Jairzinho, Roberto, Paulo César Lima, todos campeões mundiais dois anos depois no México). Com isso, precisava 'apenas' empatar com o Bonsucesso, na rodada final, para ser campeão. Após até ter dado até volta olímpica antecipada, os atletas rubro-negros foram vítima da confiança exagerada (algo que se repetiu 40 anos depois no mesmo Maracanã, contra o América-MEX) e perderam por 2 a 0. Descrente em um tropeço rubro-negro, o Botafogo havia enviado seus jogadores para uma excursão. E eles tiveram que voltar às pressas para decidir o título em um jogo extra. Resultado: Bota 4 a 1.
Outro desastre rubro-negro ocorreu diante de um time também sem tradição. Em 1980, o Flamengo brigava pelo - até hoje inédito - tetracampeonato carioca para o clube. A expectativa da torcida do Fla era grande, já que o time havia conquistado o Campeonato Brasileiro daquele ano. Mas após vencer o Estadual em 1978 e 79 (dois torneios foram realizados naquele ano), a equipe foi a Petrópolis (Região Serrana do Rio) e perdeu para o Serrano por 1 a 0, gol de Anapolina. A derrota tirou as possibilidades de o Fla ser campeão naquele ano. O título ficou com o Fluminense. Quinze anos depois, o Tricolor foi responsável, não por um vexame, mas por uma tristeza marcante para o clube da Gávea. No ano do centenário, o Fla contava com Romário no elenco (o melhor jogador do mundo na época) e um dos melhores treinadores do Brasil, Vanderlei Luxemburgo. O Rubro-Negro chegou à última rodada do hexagonal decisivo precisando de um empate com o Flu para ficar com o título. Depois de estar perdendo por 2 a 0, conseguiu o empate, mas sofreu um gol histórico: a dois minutos do fim, Renato Gaúcho fez, de barriga, e o Tricolor venceu o jogo final do Carioca de 1995 por 3 a 2, impedindo o grande rival de comemorar o título em seus 100 anos.
Pelo Campeonato Carioca de 1997, o Flamengo teve um time de Joel Santana como carrasco. Na última rodada do primeiro turno da competição, o Rubro-Negro precisava de uma vitória sobre o Botafogo para disputar o título da Taça Guanabara contra o próprio Alvinegro, classificado por antecipação. Joel escalou um time só com reservas e sequer ficou no banco. Mesmo com Romário e Sávio em campo, quem brilhou foi o botafoguense Renato, autor do gol da vitória por 1 a 0.Neste século, o grande vexame rubro-negro (até este 7 de maio?) foi a derrota na decisão da Copa do Brasil de 2004. O adversário era o Santo André. Apesar do adversário ter conseguido eliminar rivais de peso, como Atlético-MG e Palmeiras, a confiança rubro-negra no título era enorme. E aumentou após um empate por 2 a 2 no jogo de ida, em São Paulo. Igualdade sem gols ou por 1 a 1 eram suficientes para o Flamengo levantar a taça. Em 30 de junho, o time paulista, com jogadores desconhecidos, calou o Maracanã lotado e venceu por 2 a 0, tirando um título dado como certo pela maioria dos torcedores do Fla. Tão certa como a classificação para as quartas-de-final da Libertadores-2008 após a goleada de 4 a 2 no estádio Azteca na semana passada.
Marcelo Monteiro Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro