Fabricante planeja vender o supersedã, com motor V16, inclusive no Brasil
O Brasil já virou rota de modelos superluxuosos. O carro mais caro do mundo na atualidade,o Bugatti Veyron, deve ser oferecido em breve pela única revenda Bentley do país, que ainda não abriu suas portas. A questão é que o Bugatti perderá, no ano que vem, o posto de modelo mais caro do mundo para o DiMora Natalia SLS 2. De todo modo, a DiMora Motorcar, que o produzirá, pretende ter uma revenda no Brasil, o que manterá o país como destino de veículos exclusivos. Faz sentido: ninguém paga mais caro por um carro, qualquer um, do que o brasileiro...
Quando falamos sobre o supersedã pela primeira vez, ainda não havia datas de lançamento, mas Robert Bliss, porta-voz da empresa, já tem, pelo menos, o ano de apresentação: será em 2011. “O primeiro protótipo do carro já está em construção. Deve ficar pronto em 2011, e a produção em série se dará logo depois. A estreia mundial será em Beverly Hills, na Califórnia, e o carro, depois, será exibido em Palm Springs, Nova York, Flórida, Genebra, Dubai e outras cidades”, disse Bliss ao WebMotors.
O maior argumento para o Natalia custar tanto é o motor V16 que foi planejado para equipá-lo. Capaz de gerar mais de 1.200 cv, ele promete coisas difíceis de acreditar, como um revolucionário sistema de injeção de combustível que eliminaria a necessidade de catalisadores para atender às normas ambientais mais severas.
O bloco do motor também seria surpreendentemente leve. Construído com tecnologia e materiais aeronáuticos, o Natalia pesaria pelo menos 680 kg a menos do que modelos de tamanho e proposta equivalente. Só isso já o ajudaria a ser econômico e mais rápido que os concorrentes.
Mas o Natalia promete mais do que isso. Ele terá tração nas quatro rodas. E todas elas esterçarão, o que promete transformar o sedã, seguramente um veículo com mais de 5 m de comprimento, em um modelo aparentemente menor e mais fácil de manobrar.
A pintura do carro, por exemplo, poderia mudar de cor dependendo do que o motorista escolher. Pode ficar branco no calor, vermelho na estrada, preto no inverno e por aí afora. Difícil será incluir a cor do veículo no documento do sedã...
Além da parte interessante, há ideias absolutamente estranhas no Natalia, como projetores nos conjuntos ópticos dianteiros. Segundo a empresa, isso a ajudará a exibir filmes promocionais sobre o carro. Para o proprietário, no entanto, a utilidade é reduzida. Simular um drive-in, por exemplo?
Outro equipamento estranho é a buzina que pode ter tons diferentes personalizáveis por MP3, mas há também os porta-copos com temperatura controlável, para deixar a bebida quente ou fria por mais tempo. A DiMora até promete uma bolsa personalizada para quem comprar o carro. Ela custará US$ 12 mil. Cá entre nós, para quem paga US$ 2 milhões, cerca de R$ 5 milhões, US$ 12 mil é troco.
A extravagância mais recente do Natalia é um equipamento de manutenção da bateria, para evitar danos em longos períodos de inatividade. Desenvolvido pela Granite Digital, o sistema Save a Battery virá com um fio que ligará o carro à rede elétrica comum. Isso, segundo Alfred DiMora, o idealizador do carro, se deve ao fato de que o Natalia será tratado por muitos como um carro de coleção, mas deverá estar sempre pronto a funcionar e levar seu proprietário para uma voltinha ou uma viagem. Com a mesma confiabilidade.
A revenda no Brasil foi confirmada por Bliss ao WebMotors quando ele falava à reportagem sobre a rede de distribuição do Natalia SLS 2. “O sedã será vendido e terá assistência técnica em todo o mundo. Queremos ter uma revenda no Brasil, também”, disse ele.
Como até 2011 ainda há um bocado de tempo, fica a expectativa para ver se os planos de DiMora seguirão no passo esperado. Se seguirem, e o carro realmente chegar a ser produzido, restará aguardar para ver quantos milionários terão disposição de assinar o cheque e levar o Natalia para casa. Talvez nem precisem ser muitos. Com esse preço, vender um ou dois por ano pode ser suficiente...
Texto: Gustavo Henrique Ruffo
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